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ANTIBIÓTICOS: porque devemos utilizar de forma cautelosa?


A medicina e a pesquisa de novos medicamentos são áreas que evoluem com extrema rapidez. E apesar do ritmo acelerado, as práticas de saúde precisam manter sempre o mesmo nível de cuidado, principalmente quando envolvem a prescrição de certos medicamentos.


O uso de antibióticos, por exemplo, deve ocorrer apenas em casos específicos: para o tratamento de infecções bacterianas. Assim como outros tipos de remédios, eles não podem ser receitados de forma indiscriminada durante as consultas médicas, muito menos adquiridos por pessoas que desconhecem seus efeitos.


Explorando melhor os antibióticos

Os antibióticos são drogas desenvolvidas para o tratamento de infecções causadas por bactérias. A descoberta dessas substâncias revolucionou a história da medicina por permitir a cura de diversas enfermidades, evitando muitas mortes e sequelas graves.

Estes componentes devem ser utilizados somente quando houver um quadro infeccioso causado por algum tipo de bactéria. Portanto, o medicamento não será eficaz contra vírus e outros microorganismos nocivos. Qualquer prática diferente da recomendada deixará a pessoa suscetível a outros problemas de saúde.


É importante destacar que as bactérias conseguem se adaptar e criar resistência quando entram em contato com uma droga inadequada. Erros na dose, no horário de consumo e no tempo de tratamento, além da combinação com outras substâncias, podem interferir no tratamento e fazer com que a bactéria se torne mais poderosa do que o medicamento em uso.


Também é importante ressaltar que o uso indiscriminado de antibióticos sem a real indicação expõe o paciente a efeitos colaterais e favorece o surgimento de bactérias resistentes. A exemplo podemos citar quadros de tosse e dor de garganta, pois a maioria das vezes estes quadros têm causa viral, onde o antibiótico não traz benefício.


Além da receita médica para uso de antibiótico, é importante adotar práticas capazes de evitar maiores problemas, tanto aos indivíduos que utilizam esses medicamentos quanto à população em geral. Afinal, o uso inconsciente e por conta própria pode trazer consequências negativas à saúde do usuário e, em longo prazo, colaborar para a condição de resistência microbiana. As chamadas superbactérias resultam desse processo e são mais difíceis de combater, afetando a saúde individual e coletiva.

Ao fazer um tratamento com antibióticos siga as recomendações a seguir:

  • não utilize antibióticos fora do prazo de validade;

  • siga a dose prescrita (nem mais, nem menos);

  • tome o remédio sempre no horário correto;

  • não guarde sobras do medicamento para uso posterior;

  • nunca suspenda o tratamento antes do prazo estabelecido (mesmo que perceba melhora dos sintomas);

  • verifique as interações medicamentosas e informe ao médico se você já toma outros remédios;

  • Informe-se sobre os alimentos e bebidas que podem ou não ser consumidos durante o uso de antibióticos.

  • Não ingira bebidas alcoólicas.


Por fim, não permita que achismos interfiram na sua decisão sobre o uso de medicamentos para infecções bacterianas. Não se deve suspeitar de alguma doença sem obter um diagnóstico, muito menos ingerir comprimidos ou outras fórmulas em busca de uma cura. Lembrando ainda que os antibióticos não possuem propriedades analgésicas, antitérmicas ou anti-inflamatórias, para isto outras classes de medicamentos devem ser utilizadas.


Para fechar, tenha sempre em mente que o uso de antibióticos precisa acontecer a partir da orientação de profissionais da saúde. Esse, inclusive, trata-se de um compromisso que toda pessoa deve ter com a própria saúde e também com o bem-estar das demais, porque todas podem ser afetadas por condutas que envolvam o uso indiscriminado de remédios.


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