Colesterol alto em crianças e adolescentes: prevenção e cuidados essenciais

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Você sabia que crianças e adolescentes também podem ter colesterol alto? Pois é. A causa mais comum é uma alimentação rica em gorduras e pouco saudável. Aliada ao sedentarismo, essa combinação pode levar à obesidade infantil, aumentando o risco do colesterol LDL, que é o colesterol “ruim”.

Primeiro, vamos esclarecer o que é o colesterol. Basicamente, esse é um tipo de gordura presente no organismo, fundamental para o bom funcionamento do corpo humano. Cerca de 70% dele é produzido pelo fígado, e os outros 30% são adquiridos por meio da alimentação, o que reforça a importância de uma dieta equilibrada, pois alimentos com alto teor de gordura contribuem para a alteração do nível normal de colesterol.

De acordo com o Atlas Mundial de Obesidade 2024, o Brasil pode ter até 50% das crianças e adolescentes entre cinco e 19 anos com obesidade ou sobrepeso em 2035, o que é preocupante e uma questão de saúde pública, já que o atual estilo de vida favorece essa tendência.

Um dos grandes perigos do colesterol alto nos jovens é a impressão de que ele não faz tanto mal assim, já que o risco imediato é baixo. A questão é que, com o tempo, caso a situação não seja controlada, o colesterol começa a se depositar nas paredes dos vasos sanguíneos, principalmente nos de menor calibre, o que aumenta o risco cardiovascular para doenças coronarianas no coração e pode levar a um infarto do miocárdio. Além disso, o colesterol também pode se acumular nos vasos da circulação cerebral, levando a um acidente vascular cerebral, mais conhecido como AVC.

Atualmente, consensos nacionais e internacionais sugerem que a primeira dosagem de colesterol na infância seja feita em toda criança entre nove e onze anos. Crianças obesas, com idade entre dois e oito anos, com diagnóstico de diabetes ou que tenham histórico de doença cardíaca ou colesterol alto, devem ter os níveis de colesterol dosados.

Tudo isso porque a infância e a adolescência são fases importantes na prevenção de doenças do coração, afinal, são quando os hábitos de vida são formados e se tornam a base para a qualidade de vida do adulto.

No entanto, ser sedentário e ter uma alimentação pouco saudável não são os únicos fatores que aumentam os riscos de colesterol alto na infância. Eles também incluem histórico familiar e outras condições de saúde, tais como diabetes, doença renal, artrite idiopática juvenil, obesidade e pressão alta.

É importante sabermos se temos colesterol alto por histórico familiar ou alimentação inadequada. O colesterol familiar é o vilão maior, porque começa na infância e pode causar infarto precoce nas pessoas. É a chamada hipercolesterolemia familiar ou HF. Nestes casos, fazer dieta não é suficiente e devem ser utilizadas medicações seguras para controlar o colesterol e prevenir doenças do coração no futuro.

No geral, pela prevenção a essa e demais condições, crianças devem evitar o consumo de biscoitos recheados, bolo, chocolate, sorvete, hambúrguer, batata frita, refrigerante, frituras e alimentos ultraprocessados em geral, além de evitar o uso de telas (TV, videogame, celular) acima do tempo recomendado pela SBP e pela Academia Americana de Pediatria (AAP). Por outro lado, é preciso dar preferência ao consumo de verduras, legumes e frutas, peixe, frango, leite e queijo branco, assim como brincadeiras ao ar livre, corridas e a prática de esportes.

As recomendações para os pais e cuidadores são: levem seus filhos ao pediatra e ao cardiopediatra, acompanhem seus índices de saúde, façam boas escolhas alimentares e incentivem os exercícios. Crescer de forma ativa e saudável é a melhor maneira de prevenir o colesterol alto na infância e as doenças cardiovasculares no futuro.

O Labsca realiza a dosagem de colesterol, com liberação do resultado no mesmo dia. Conte com a gente não só no diagnóstico, mas também na prevenção dessa condição!