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O verão chegou e o sinal de alerta para casos de dengue também

O vírus da dengue (DENV) é um arbovírus transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti e possui quatro sorotipos diferentes: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. 

Atualmente, os quatro sorotipos encontram-se em todos os estados brasileiros. O período do ano com maior transmissão da doença, por sua vez, é agora: nos meses mais chuvosos de cada região, entre novembro e maio. 

O acúmulo de água parada contribui para a proliferação do mosquito e, consequentemente, para maior disseminação da doença. Por isso a importância de evitar água parada, uma vez que os ovos do mosquito podem sobreviver até um ano no ambiente.

Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém, as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.

Os principais sintomas da dengue, aqueles que você deve estar atento (a) sempre, são:

  • Febre alta, acima de 38°C;

  • Dor no corpo e articulações;

  • Dor atrás dos olhos;

  • Mal estar;

  • Falta de apetite;

  • Dor de cabeça;

  • Manchas vermelhas no corpo.   

No entanto, vale aqui lembrar que a infecção por dengue também pode ser assintomática, ou seja, sem nenhum sintoma. Mas há também quem apresenta quadro leve, sinais de alarme e de gravidade. 

Na maior parte dos casos, a primeira manifestação da dengue é a febre alta, acima de 38°C, de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias. Ela tende a ser acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. Também podem acontecer erupções e coceiras na pele. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas.

Segundo dados coletados no site do Ministério da Saúde em 23 de novembro de 2023, Santa Catarina registrou neste ano 142.283 casos de dengue, sendo que desses 4.258 casos foram graves e 98 chegaram a óbitos.

Para o diagnóstico laboratorial da infecção aguda pelo DENV, o Labsca realiza os exames descritos a seguir: 

  • Métodos diretos

Pesquisa de genoma do vírus da dengue por transcrição reversa seguida de reação em cadeia da polimerase (RT-PCR). 

Uma das vantagens da RT-PCR é a detecção precoce do vírus, antes mesmo da soroconversão (intervalo de tempo em que um anticorpo específico se desenvolve como resposta a um antígeno, neste caso o vírus da dengue, e se torna detectável no soro). 

  • Métodos indiretos

Pesquisa de anticorpos IgM e IgG Pesquisa de antígeno NS1 

Na dengue, muitas vezes o diagnóstico sorológico não é capaz de confirmar casos suspeitos com evolução grave, já que a febre hemorrágica pode ocorrer na janela imunológica (tempo até ocorrer a soroconversão), quando as pesquisas de IgM e IgG são negativas. 

Nesses casos, a pesquisa do antígeno NS1 apresenta sua melhor utilidade, permitindo o diagnóstico nos primeiros cinco dias de doença.

O Labsca entrega o resultado da Pesquisa de antígeno NS1 em 2 horas após a coleta.

  • Exames inespecíficos

O hematócrito, a contagem de plaquetas e a dosagem de albumina auxiliam na avaliação e no monitoramento dos pacientes com suspeita ou diagnóstico confirmado de dengue, especialmente os que apresentarem sinais de alarme ou gravidade.

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Embora existam estudos avançados para vacinas contra a dengue, atualmente nenhuma delas mostrou-se viável para a prevenção da doença. Portanto, o controle do vetor Aedes aegypti é o principal método para a prevenção da dengue e outras arboviroses urbanas (como chikungunya e Zika).

Deve-se reduzir a infestação de mosquitos por meio da eliminação de criadouros, sempre que possível, ou manter os reservatórios e qualquer local que possa acumular água totalmente cobertos com telas/capas/tampas, impedindo a postura de ovos do mosquito Aedes aegypti. 

Medidas de proteção individual para evitar picadas de mosquitos devem ser adotadas por viajantes e residentes em áreas de transmissão. A proteção contra picadas de mosquito é necessária principalmente ao longo do dia, pois o Aedes aegypti pica majoritariamente neste período.


Rodrigo LunelliFarmacêutico Bioquímico – CRF: 14934 

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